Cultura e morte: conheça os 5 maiores museus funerários do mundo
- funerariastac
- 20 de jan. de 2023
- 3 min de leitura
A morte faz parte da vida. Essa é uma máxima compartilhada por todos nós. Para morrer, basta estar vivo. Fato é: em algum momento, a hora derradeira vai chegar. Tal realidade é absorvida de maneira diferente por cada pessoa, sendo todas extremamente influenciadas pela cultura em que estão inseridas.
A maneira com que tratamos a morte foi mudando ao longo da história da humanidade. O destino final dos corpos é extremamente variado e, em muitos aspectos, traduz as particularidades de cada cultura e do seu tempo. Entender a forma como um povo enterra seus mortos, significa entender o comportamento, arquitetura e sistema de relações. Não é à toa que ao redor do mundo, cada vez mais surgem espaços dedicados especialmente ao assunto.
Estamos falando dos museus funerários. Os locais podem parecer um tipo de turismo inusitado e até mórbido, contudo, estão atraindo cada vez a atenção de mais gente, interessada em vivenciar novas experiências em lugares recheados de história.
Para matar sua curiosidade sobre o assunto, separamos detalhes sobre os 5 principais museus funerários do mundo. Confira!
1. Memorial Funerário Mathias Haas
O primeiro está localizado no Brasil, mais especificamente em Blumenau, Santa Catarina. O nome é uma homenagem ao seu idealizador, o imigrante alemão
Mathias Haas. Ele era escultor, especializado em arte funerária. Suas atividades tiveram início em 1918. No local, estão expostas diversas lápides e túmulos produzidos por Haas, as ferramentas que ele utilizava, fotografias, cadernos e livros de memórias escritos por ele e por sua esposa, Rosa Johanna Haas. No local, também existe um espaço dedicado exclusivamente a reflexão sobre a morte, a dinâmica dos ritos fúnebres e a importância da preservação do patrimônio cultural funerário.
Para visitar o Memorial Funerário Mathias Haas basta agendar uma visita pelo site https://haas.museum/. O local está aberto de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h, e sábado, das 8h às 12h.
2. Museu Funerário de Viena
Inaugurado em 1967, dentro do cemitério central de Viena, na Áustria, esse foi o primeiro museu funerário do mundo. O espaço possui mais de 300 metros quadrados e 250 objetos, entre eles máscaras mortuárias, trajes fúnebres, imagens e diversos arquivos. Entre as curiosidades do espaço está um caixão funerário dobrável, datado de 1784, produzido para enterrar a pessoa sentada, e um sino salva-vidas, para ser anexado ao corpo e ser tocado caso a pessoa fosse enterrada viva. Outro item interessante é um estilete de 19 centímetros, utilizado para esfaquear o “falecido”, para evitar que ele acordasse após o sepultamento.
3. Museu Nacional da História Funeral
Localizado em Houston, nos Estados Unidos, o espaço tem foco educacional. Ele é o maior museu funerário do pais norte-americano, exclusivamente dedicado a apresentar a herança cultural da indústria de serviços funerário. Existe ainda, um espaço específico voltado aos funerais papais. Entre os objetos mais curiosos expostos está um caixão personalizado para três pessoas, que foi encomendado por um casal que perdeu a filha e planejava cometer suicídio para serem enterrados junto com ela. O artefato nunca foi utilizado.
4. Museu Nacional da Morte
No México, a morte é protagonista de festas culturais e encarada a partir de uma perspectiva única. Não é à toa que o pais possui um museu inteirinho dedicado ao tema, abordando a história da morte desde o período anterior à colonização espanhola. Entre os temas mais presentes do local, está um espaço exclusivo dedicado ao Dia de Los Muertos, conhecido por nós como Dia de Finados.
5. As Catacumbas de Paris
O espaço na verdade compreende uma galeria subterrânea repleta de ossos, localizada no subsolo da capital da França. São quase 2 quilômetros de extensão que reúnem pilhas e mais pilhas de restos mortais. As catacumbas remontam o século XVIII e foram criadas para acomodar os parisienses falecidos por problemas de saúde pública. O espaço forma um labirinto, localizado a 20 metros da superfície. O local está aberto à visitação pública e é um passeio muito interessante para quem tem afinidade com o tema morte.
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